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A Rede Internacional da Médicos do Mundo (MdM) vai enviar para o Nepal uma equipa médica de emergência e mais de 20 toneladas de equipamento para ajudar a população, após o terramoto de 7.9 na escala de Richter que atingiu aquele país no último sábado.

 

O terramoto que atingiu o Nepal no passado sábado é o mais devastador em mais de um século. O epicentro foi apenas a 70 km da capital Katmandu com 2,5 milhões de habitantes. Muitos edifícios e locais históricos desabaram e as comunicações registam grandes dificuldades.

 

Segundo Gilbert Potter, Director de Operações Internacionais da Delegação Francesa da Médicos do Mundo, “a informação que recebemos confirma um elevado grau de destruição. As próximas horas são cruciais, os hospitais estão sobrelotados, temos de agir rapidamente”. Após o terramoto, que provocou mais de 3500 mortos contabilizados até ao momento, réplicas violentas têm sido sentidas não só no Nepal, como nos países vizinhos, Índia, Bangladesh e Tibete.

 

A equipas da Delegação Francesa da Médicos do Mundo presentes no Nepal, nomeadamente em Katmandu e Chautara, com um programa de saúde materno-infantil, foram mobilizadas para ajudar os nepaleses. A MdM, em parceria com a Solidarités International, vai enviar ainda uma equipa de emergência constituída por 12 pessoas, entre cirurgiões, anestesistas, enfermeiros e responsáveis logísticos.

 

Para o Nepal seguirão também mais de 20 toneladas de equipamento, como kits cirúrgicos e kits para desastres naturais, para atender às necessidades da população.

 

 

3 Questões respondidas por Gilbert Potier, Director de Operações Internacionais da Delegação Francesa da MdM

 

Que equipas a Médicos do Mundo dispõe no Nepal?

 

Antes do terramoto a Médicos do Mundo já tinha no Nepal uma equipa a 45 km de distância de Katmandu. 40 pessoas estavam a trabalhar num programa de saúde materno-infantil. As nossas equipas não dispõem de treino para responder a um desastre tão grande, pelo que enviamos imediatamente uma equipa de emergência constituída por cirurgiões, anestesistas e enfermeiros. Também seguiram coordenadores logísticos porque enviámos uma elevada quantidade de material (kits de emergência, equipamento cirúrgico, etc).

 

 

A situação no terreno vai atrasar a deslocação da ajuda humanitária?

 

Necessitamos de enfrentar as dificuldades logísticas. Assim como as estradas continuam fechadas, as réplicas do terramoto não permitem a aterragem de aviões no aeroporto de Katmandu. No primeiro dia contabilizámos pelo menos uma réplica a cada 20 minutos. No entanto, todos sabem que somos mais necessários nas primeiras 72 horas após um desastre. É durante este tempo que não podemos trabalhar de forma mais eficaz relativamente a traumas, fracturas e ferimentos sofridos pelas pessoas que ficaram presas nos escombros. O desafio agora será a organização da assistência. Iremos chegar todos ao mesmo tempo, pelo que temos de estar organizados. Temos de dar crédito à solidariedade dos nepaleses que já estão a trabalhar muito bem. A população e os trabalhadores humanitários têm estado a trabalhar sem descanso há 48 horas.

 

 

Os feridos estão a ser tratados?

 

Por agora, as operações tiveram início mas existe uma enorme escassez de material para realizar cirurgias fundamentais. É por isso que estamos a enviar mais de 20 toneladas de material. Este material vai permitir o tratamento cirúrgico de cerca de 2000 pessoas e o tratamento básico a outras 20 mil. Duas clínicas móveis vão estar disponíveis para tratar o maior número de pessoas. Uma vez que os hospitais estão sobrelotados, iremos também tentar tratar doenças que eram já comuns antes do desastre: gastroenterites, infecções respiratórias, febres, etc.

 

 

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Crédito foto: ©Reuters

 

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Crédito foto: ©Reuters

 

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 Crédito foto: ©Reuters  

 

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 Crédito foto: ©Reuters  

 

 

publicado às 16:13

A Rede Internacional da Médicos do Mundo (MdM) lançou um apelo aos 28 países da União Europeia para que tomem medidas e encontrem uma solução com vista a salvar a vida dos milhares de pessoas que fogem da crise no Médio Oriente, colocando fim às tragédias constantes, tal como aquela que recentemente teve lugar no Mediterrâneo.

 

O mais recente acidente no mar Mediterrâneo com imigrantes é uma tragédia demasiado grande. 700 imigrantes perderam a vida no último sábado depois de terem morrido 400 no sábado anterior. Quantas pessoas terão de perder a vida antes das autoridades europeias tomarem as medidas necessárias? O Mare Nostrum, berço das civilizações, não deve tornar-se um cemitério à beira mar.

 

Existem muitas razões pelas quais as pessoas fogem do seu país, da sua comunidade e da sua vida passada: pobreza, fome, discriminação, violência, guerra e esperança de encontrar liberdade e um futuro melhor para os seus filhos. Por trás de cada uma destas vítimas, homens, mulheres e crianças, existem situações difíceis, tragédias e a vontade de reconstruir um destino.

 

Não podemos esquecer que os imigrantes não abandonam o seu país por gosto. Fazem-no para salvar a própria vida, para fugir da pobreza, para encontrar oportunidades que não estão disponíveis no seu país e para conseguir um futuro melhor para os seus filhos. Fazem-no na esperança de conseguir uma vida melhor e talvez um dia regressar orgulhosos do seu sucesso.

 

Segundo Thierry Brigaud, Presidente da Delegação Francesa da MdM, “actualmente, devido à escalada dos conflitos pelo mundo, um número crescente de pessoas fogem da sua pátria sem expectativas de regressar. Estes refugiados fogem da violência e de outras circunstâncias extremas. Porque não recebê-los bem em vez de lhes pedirem para arriscar a vida? É difícil não nos sentirmos ultrajados pelo facto da Europa não conseguir organizar um salvamento no Mar Mediterrâneo digno desse nome. Os líderes europeus fingem não ter poder, o que constitui uma falha grave. As ONG’s humanitárias não têm a solução nas suas mãos. Mas se os líderes Europeus continuarem a adiar a solução para o problema, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) deve intervir e liderar as operações de salvamento. As Nações Unidas têm a responsabilidade de proteger os civis nestas zonas de guerra. É imperativo que lhes seja dada mais protecção, mais solidariedade e mais fraternidade.

 

A imigração é um direito humano. Vamos mudar o paradigma. Não podemos olhar para a situação como um ataque. Temos que olhar para o problema como ele é na realidade ou seja, uma oportunidade.

 

Há muito que a Médicos do Mundo assumiu um compromisso com as populações imigrantes e defende os direitos destas. A MdM acompanha os imigrantes desde as suas pátrias, desde o Afeganistão, Síria, África Subsaariana, entre outros países, e ao longo dos seus percursos, através da Turquia, Argélia e Sahel. Ao longo deste caminho, a MdM presta os cuidados médicos necessários e testemunha as consequências negativas para a saúde das políticas de imigração implementadas pelos 28 países Europeus.

 

 

publicado às 18:02

Garantir o acesso a cuidados de saúde a todos os que necessitam constitui a missão da Médicos do Mundo (MdM), pelo que a Associação não poderia deixar de assinalar o Dia Mundial da Saúde, que se celebrou a 7 de Abril. Assim ao longo de vários dias a MdM realizou um conjunto de actividades nas áreas de Lisboa e do Porto.

 

Há mais de 15 anos que a Médicos do Mundo presta cuidados de saúde às populações mais vulneráveis, através de diferentes projectos, nos quais se enquadra também o “Saúde Móvel” que, em 2014, atendeu mais de 1300 pessoas. Uma equipa de rua de proximidade leva assim cuidados primários de saúde à população sem-abrigo, promovendo a equidade no acesso a estes cuidados.

 

Apesar de durante todo o ano a MdM prestar apoio às mais diferentes populações, a propósito do Dia Mundial da Saúde, a Associação organizou um conjunto de actividades específicas nas regiões de Lisboa e do Porto.

  

 

Actividades para jovens, idosos e população vulnerável em Lisboa

 

Na capital as actividades decorreram no âmbito dos projectos “Like ME”e “Saber Viver”, respectivamente direccionados a jovens entre os 10 e 12 anos e aos idosos.

 

No projecto “Like ME” foi realizada uma abordagem às questões da “Segurança Alimentar”, tema seleccionado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Dia Mundial da Saúde 2015. As refeições diárias dos jovens, o tipo de alimentos que consomem e os hábitos alimentares saudáveis foram algumas das questões abrangidas nesta sessão. Ao longo da actividade os jovens assinalaram alguns erros alimentares como: beber sumos entre e às refeições, estar mais de três horas sem comer, misturar o leite com chocolate ou café, consumir dois a três hidratos na mesma refeição (como arroz, batata e pão) e comer demasiado rápido.

 

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 Sessão com os jovens do “Like ME”
Crédito foto: ©Rita Mendes

 

Junto da população idosa, no âmbito do projecto “Saber Viver”, foram atendidas 14 pessoas, realizados 14 rastreios de TA, 14 de colesterol, 12 rastreios de glicémia capilar e 14 explicações sobre cuidados nutricionais e alimentação saudável. Dos participantes na acção, 8 contactaram a equipa pela primeira vez.

 

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Rastreio no âmbito do projecto “Saber Viver”
Crédito foto: ©Rita Mendes

 

 

Sessões sobre drogas, sexualidade e AVC no Porto

 

A anteceder o Dia Mundial da Saúde, a Representação Norte da Médicos do Mundo organizou várias sessões sobre temas como drogas, sexualidade e Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC).

 

No dia 25 de Março a MdM levou à AMI de Gaia o tema da sexualidade, numa sessão onde estiveram presentes 20 jovens entre os 9 e os 16 anos, 12 do sexo masculino e 8 do feminino, os quais demonstraram elevado interesse e participação. A actividade foi conduzida pela médica voluntária do projecto “Porto Escondido”, Emília Correia, e pela psicóloga do projecto, Joana Silva.

 

Para além de uma dinâmica com o objectivo da definição do conceito de sexualidade, foram abordados temas como adolescência, puberdade, transformações físicas, biológicas e emocionais, reprodução, homossexualidade, como falar com os pais sobre sexualidade, gravidez na adolescência e violência no namoro.

 

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Sessão sobre sexualidade na AMI de Gaia
Crédito foto: ©MdM

 

O tema da sexualidade foi ainda abordado numa outra sessão decorrida a 31 de Março, no Auditório da Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto para o Lar de S. Miguel. A actividade teve como alvo a população do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 14 e os 18 anos, tendo participado 6 jovens. Definição de sexualidade, masturbação, orientação sexual, sentimentos, violência no namoro, gravidez na adolescência e métodos contraceptivos foram os temas discutidos com os participantes.

 

Também nesta sessão sobre sexualidade foi aplicado questionário de satisfação, tendo 3 jovens demonstrado muita satisfação e 3 satisfação.

 

O que são as drogas, a definição, os tipos, os motivos de consumo, o processo para se tornar toxicodependente, os efeitos e consequências das diferentes drogas e como diminuir o risco foram algumas das temáticas abordadas na sessão de esclarecimento sobre o tema que decorreu a 26 de Março, no Auditório da Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto para o Lar de S. Miguel.

 

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Sessão sobre drogas
Crédito foto: ©MdM

 

Também no final desta actividade foi aplicado um questionário de satisfação, ao que a maioria (4 jovens em 6) referiu ter ficado muito satisfeita com a sessão, o local e a dinamizadora. As restantes jovens (2) demonstraram apenas satisfação.

 

Por fim, e ainda no contexto das comemorações do Dia Mundial da Saúde, a MdM levou a cabo uma sessão de informação sobre AVC no parceiro CAIS e que contou com a preciosa colaboração dos voluntários Tiago Soares, Tiago Sá e João Oliveira na dinamização da actividade. O objectivo foi dotar o público-alvo de competências para conseguirem identificar sinais de alerta e factores de risco com vista à alteração de estilos de vida.

 

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Sessão de informação sobre AVC
Crédito foto: ©MdM

 

 

publicado às 17:00

A comunidade internacional deve alterar a abordagem sobre Gaza e cumprir as promessas de reconstrução. O alerta surge no relatório “Traçar um novo rumo: Superar o impasse em Gaza”, sobre a falta de progresso desde o conflito do último ano, lançado hoje e subscrito por 45 agências humanitárias.

 

Seis meses após os doadores se terem comprometido com 3,5 mil milhões de dólares, muita da população encontra-se em pior situação e nenhuma das 19 mil habitações destruídas foi reconstruída. 100 mil pessoas continuam sem abrigo e muitas vivem em acampamentos improvisados ou escolas.

 

O relatório “Traçar um novo rumo: Superar o impasse em Gaza” (em inglês “Charting a New Course: Overcoming the stalemate in Gaza”) alerta que outros conflitos são inevitáveis – e com eles o ciclo da destruição e reconstrução financiada por doadores – se os líderes mundiais não estabelecerem uma nova abordagem relativamente às causas subjacentes ao conflito. Os doadores devem insistir num cessar-fogo permanente, na responsabilidade de todas as partes pelas constantes violações da lei internacional e no fim do bloqueio israelita que impede o movimento de 1,8 milhões de palestinianos em Gaza e os mantém separados da Margem Ocidental. Mais do que desafiar o bloqueio, o relatório demonstra que a maioria dos doadores está a aceitar formas de o contornar.

 

Segundo Winnie Byanyima, Directora Executiva da Oxfam, “os discursos de esperança na conferência de doadores tornaram-se em palavras vazias. Tem existido muito pouca reconstrução, nenhum acordo de cessar-fogo permanente e qualquer plano para terminar com o bloqueio. A comunidade internacional está a caminhar de olhos bem abertos para um próximo conflito evitável, ao aceitar o status quo que queriam ver alterado.”

 

Já para William Bell da Christian Aid, “devemos assegurar que este mais recente e devastador conflito foi o último. Devem existir consequências para as contínuas violações. Ao facilitar uma cultura de impunidade, a comunidade internacional compromete-se indefinidamente com a reconstrução.”

 

Apenas 26,8% da verba prometida há seis meses pelos doadores foi libertada até agora. Mesmo com financiamento, muitos dos projectos de reconstrução ainda tiveram início devido a restrições relacionadas com o bloqueio de materiais essenciais. A maioria das 81 clínicas e hospitais que foi danificada continua a ter falta de fundos para a reconstrução e as poucas que dispõe de verba não têm os materiais necessários.

 

O mundo está a fechar os olhos e os ouvidos à população de Gaza quando esta mais necessita. A reconstrução não pode acontecer sem fundos mas o dinheiro sozinho também não é suficiente. Com o bloqueio estamos apenas a reconstruir uma vida de miséria, pobreza e desespero”, refere Tony Laurance, CEO da MAP UK.

 

Mesmo com o cessar-fogo temporário, a violência contra os civis continuou. Foram mais de 400 incidentes com disparos de fogo israelita contra Gaza e quatro rockets de Gaza para Israel. O relatório apela a todas as partes para retomarem imediatamente as negociações com vista a um cessar-fogo de longo prazo. Apela a Israel para acabar com o bloqueio e a política de separação de Gaza da Margem Ocidental e, aos actores políticos palestinianos, à reconciliação e prioridade na reconstrução. Também apela ao Egipto para a abertura das suas fronteiras e a permissão de um alívio humanitário.

 

Recentemente, os doadores conseguiram um reduzido aumento do fluxo de materiais de construção mas não é suficiente para preencher as necessidades e o seu impacto é extremamente limitado enquanto o bloqueio se mantiver. O relatório estabelece recomendações específicas à comunidade internacional para acabar com o ciclo de conflito e destruição, incluindo formas de:

 

- Aumentar o ritmo de reconstrução através do cumprimento das promessas e na insistência da entrada de materiais essenciais em linha com a lei internacional.

 

- Assegurar que todas as partes sejam responsabilizadas pela violação da lei internacional, considerando as obrigações estabelecidas pelo Tratado de Comércio de Armamento quanto às armas que se sabe serem utilizadas indiscriminadamente contra os civis e procurando compensações para os projectos de ajuda humanitária que são destruídos.

 

- Terminar com o bloqueio e reabilitar a abalada economia de Gaza. O bloqueio levou Gaza à dependência de ajuda, com 80% da população a receber assistência internacional e 63% dos jovens em situação de desemprego. As exportações de Gaza estão a menos de dois por cento dos níveis pré-bloqueio com o movimento de pessoas e bens entre Gaza e a Margem Ocidental praticamente inexistente.

 

- Apoiar o desenvolvimento de um governo palestiniano de união. A liderança palestiniana na reconstrução tem sido algumas vezes débil e descoordenada, enfrentando as restrições israelitas ao movimento de responsáveis governamentais. Manter Gaza separada da Margem Ocidental tem complicado a já problemática divisão entre o Fatah e o Hamas, com um enorme impacto negativo na disponibilização de ajuda e serviços em Gaza.

 

Aceda aqui à versão em inglês do relatório.

 

Subscritores do relatório:

 

1. ActionAid
2. Alianza por la Solidaridad
3. American Friends Service Committee (AFSC)
4. Asamblea de Cooperación por la Paz (ACPP)
5. CARE International
6. CCFD-Terre Solidaire
7. CCP Japan
8. Christian Aid
9. Church of Sweden
10. Council for Arab-British Understanding
11. Cooperazione per lo Sviluppo dei Paesi Emergenti (COSPE)
12. DanChurchAid (DCA)
13. Diakonia
14. GVC
15. Handicap International
16. Heinrich Böll Foundation
17. HelpAge International
18. Horyzon - Swiss Youth Development Organization
19. Japan International Volunteer Center (JVC)
20. KinderUSA
21. Medical Aid for Palestinians (Map – UK)
22. Medicos del Mundo MDM-Spain
23. Médecins du Monde France
24. Médecins du Monde Switzerland
25. medico international
26. medico international schweiz
27. Mennonite Central Committee
28. Norwegian Church Aid (NCA)
29. Norwegian People’s Aid (NPA)
30. Norwegian Refugee Council (NRC)
31. Overseas
32. Oxfam
33. Première Urgence – Aide Médicale Internationale
34. Quaker Council for European Affairs
35. Rebuilding Alliance
36. Save the Children
37. Secours Islamique France
38. Secours Catholique - Caritas France
39. Terre des hommes Foundation
40. Terre des Hommes Italy
41. The Carter Center
42. The Kvinna till Kvinna Foundation
43. The Lutheran World Federation
44. The Swedish Organisation for Individual Relief/ IM - Swedish Development Partner (SOIR)
45. United Civilians for Peace, Netherlands

 

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publicado às 11:04

Médicos do Mundo homenageada no “Terra Justa”

por Médicos do Mundo, em 08.04.15

A Médicos do Mundo (MdM) vai ser homenageada na primeira edição do “Terra Justa” - Encontro Internacional de Causas e Valores da Humanidade, que se realiza de 8 a 11 de Abril, em Fafe. Para além da MdM serão distinguidas ainda outras entidades e individualidades cujo percurso de vida ou de trabalho constitui uma referência do nosso tempo e sociedade.

 

Alertar, provocar e envolver os cidadãos relativamente à importância das causas e valores da humanidade é o grande objectivo do “Terra Justa” que, ao longo de cinco dias, leva a Fafe conferências, tertúlias de café com convidados nacionais e internacionais, exposições e teatro de rua, debates e música, entre muitas outras actividades.

 

Um dos pontos centrais do evento é a homenagem a entidades e pessoas cujo percurso de vida ou de trabalho constituem uma referência do nosso tempo e sociedade. Nesta primeira edição serão homenageadas a Médicos do Mundo e a Amnistia Internacional, para além do Cardeal hondurenho Óscar Maradiaga, Presidente da Cáritas Internacional e líder do “G8” do Papa, e Maria de Jesus Barroso Soares, Presidente da Fundação Pro-Dignitate.

 

Ao longo do evento, que conta com a presença dos representantes da MdM, Fernando Vasco, Vice Presidente, e António Andrade, membro da Direcção, decorre uma exposição sobre a associação. Intitulada “Médicos do Mundo 1980-2015”, reúne um extenso leque de actividades desenvolvidas em prol da garantia dos cuidados básicos de saúde em Portugal e um pouco por todo o mundo.

 

Sob o lema “lutamos contra todas as doenças, até mesmo a injustiça”, esta exposição conta com imagens, documentários e outros elementos que exaltam a luta diária dos membros da associação em fazer chegar aos mais desprotegidos um conceito alargado de saúde, que inclui o bem-estar físico, psíquico e social.

 

 

Convidados nacionais e internacionais

 

Em termos nacionais, estão convidados para esta iniciativa diversas individualidades, tais como José Lamego, da OIKOS, Graça Morais, artista plástica, Augusto Santos Silva, ex-Ministro da Educação e da Cultura, Sampaio da Nóvoa, Professor Catedrático da Universidade de Lisboa, Comendador Rui Nabeiro, Carvalho da Silva, Pe. Vítor Melícias, Frei Fernando Ventura, Franciscano Capuchinho, Intérprete na Comissão Teológica Internacional da Santa Sé, Luís Eduardo da Silva Barbosa, da Cruz Vermelha Portuguesa, Manuel Alegre, Vítor Ramalho, da UCCLA – União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa, Diogo Freitas do Amaral, Inês Fontinha, Mafalda Ribeiro, Roberto Chichorro, entre muitos outros.

 

Além dos homenageados e representantes internacionais das ONG´s homenageadas, Médicos do Mundo e Amnistia Internacional, foram ainda convidadas outras figuras internacionais como Jacqueline Tobiass, Presidente Instituto para as Relações Culturais Baleares/Israel, e Abdool Karim Vakil, Professor Universitário em Londres, especialista no Islão.

 

Estará presente ainda Agni Vlavianos Arvanitis, Presidente da ONG Biopolitics International Organisation, e candidata a Prémio Nobel da Paz, que possibilitará ainda uma conversa sobre o valor da paz e dos valores, tendo como base a Grécia e a sua actualidade.

 

 

O "caminho das causas"

 

O centro da cidade de Fafe vai ser palco de um “caminho das causas”, uma exposição de arte pública que pretende alertar, sensibilizar e envolver as pessoas para as grandes causas da humanidade e para problemáticas que muitas vezes ignoramos no nosso dia-a-dia.

 

A própria cidade vai ser inundada com factos, números, dados, textos e histórias reais que remetem para as causas globais e para os grandes valores da humanidade, uma exposição de arte pública que ficará exposta durante mais de um mês.

 

Tertúlias de café e uma carroça puxada por atores, com representações em diversos pontos da cidade, pretendem fazer deste evento, durante os vários dias, uma iniciativa próxima das pessoas, envolvendo e alertando para a necessidade de parar e pensar, coisa rara nos tempos que correm.

 

Do programa fazem parte diversas exposições na rua ou em espaços fechados sobre temáticas como o Universo da Religião, sobre os homenageados e ainda uma denominada de "Snapshots by Bianca" da artista plástica holandesa Marian Van Der Zwaan que retrata o direito das mulheres e a prostituição na adolescência.

 

Esta iniciativa, além das homenagens, fica ainda marcada por duas conferências/debate com figuras de relevo nacional e internacional dedicadas à temática da religião e da liberdade de expressão e igualdade.

 

 

Mural do tempo

 

Um mural vai ser construído em pleno centro da cidade para guardar mensagens de diversas personalidades nacionais e internacionais. Estas mensagens só serão tornadas públicas passados 25 anos.

 

A ideia é perceber em 2040 como mudou o mundo, as ideias e a visão da sociedade nomeadamente ao nível dos valores humanos e das grandes causas globais.

 

 

As exposições

 

Para além da dedicada à Médicos do Mundo, o “Terra Justa”, que decorre no Edifício Transparente, conta com outras quatro exposições de grande fruição e importância para o contexto do encontro.

 

A exposição “Símbolos – Maria de Jesus Barroso Soares” assenta em torno da vida da convidada homenageada a nível nacional, Maria de Jesus Barroso Soares. Trata-se de uma exposição que reúne alguns dos vestidos oficiais e trajes académicos usados pela ex-Primeira-dama, bem como medalhas, diplomas e condecorações atribuídas ao longo de um percurso em prol da sociedade.

 

A exposição conta ainda com várias fotografias de visitas oficiais a diversos países, enquanto Primeira-dama, e de iniciativas ao serviço dos direitos humanos, lutando nomeadamente pela liberdade de opinião e de expressão e pela instauração de um regime democrático em Portugal, enquanto Presidente da Fundação Pro-Dignitate. Uma exposição que assenta em pedaços da nossa História, símbolos de uma mulher e de um país.

 

A exposição “Amnistia Internacional” reúne a sua história, missão e valores num espaço que se espera ser inspirador na apresentação do trabalho desenvolvido por todo o mundo ao longo de mais de 50 anos de existência.

 

Trata-se de uma exposição em torno das campanhas levadas a cabo pela Amnistia Internacional, para, à sua semelhança e exemplo, sensibilizar e alertar para o reconhecimento e protecção dos Direitos Humanos. A exibição reúne imagens, documentários, prospectos e pretende ser a exaltação física de que “É melhor acender uma vela do que amaldiçoar a escuridão."

 

A exposição “Cáritas – A caridade: Missão e Vida da Igreja” presta homenagem à Caritas Internationalis e Cáritas Portuguesa, sob a ilustre presença do seu Presidente, o Cardeal Óscar Rodríguez Maradiaga.

 

Esta exposição assenta na sensibilização para os valores e missão da confederação. Através de temas como “As vozes das crianças na pobreza” e “Uma só família humana. Alimento para todos”, é uma mostra de que o desenvolvimento humano, o bem comum, a transformação social são realidades possíveis para erradicar a pobreza, se alcançáveis através da partilha e solidariedade.

 

A exposição “Religião e Humanismo, Observar para a Liberdade” realiza-se no Arquivo Municipal de Fafe, sob a organização do Observatório para a Liberdade, cuja principal missão assenta na observação do Fenómeno Religioso, no respeito pelo princípio das liberdades associativa, individual e de consciência, promovendo processos de diálogo cultural e inter-religioso no respeito pelas diferenças e responsabilidade social.

 

Constituída por 10 salas, a exposição aborda temas como o diálogo, a liberdade religiosa, a fé, valores religiosos e universais, da responsabilidade de diferentes associações e com um espaço para o debate e olhar em torno da religião.

 

Consulte aqui o programa do “Terra Justa”.

 

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publicado às 15:57


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