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No início de Julho, o novo Ministro da Saúde grego decidiu reintroduzir um decreto que impõe medidas discriminatórias, como testes obrigatórios para a hepatite, VIH, outras infecções sexualmente transmissíveis e doenças contagiosas. O decreto estigmatiza sobretudo os consumidores de drogas, profissionais do sexo e emigrantes ilegais. O texto do decreto afirma também que alguém que “possa constituir um perigo para a saúde pública” deve ser despejado, sem que lhe seja oferecida qualquer alternativa.
A Rede Internacional da Médicos do Mundo (MdM) condena veementemente a reintrodução deste decreto, considerando-o uma grave violação dos direitos humanos mais básicos, da dignidade humana e da ética médica. Vai contra as recomendações dos especialistas em saúde pública e das entidades internacionais de direitos humanos, tais como a OMS, UNAIDS, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças e a Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia. A acção legal repressiva, a reclusão e os testes obrigatórios já provaram não proteger a saúde pública. Em vez disso, limitam as oportunidades de assistência médica eficaz e incentivam a transmissão de doenças.
A Médicos do Mundo pede ao governo grego para se concentrar nos grandes problemas de saúde pública, como a vacinação infantil, e apela para que todos os profissionais de saúde se recusem a realizar o teste obrigatório.
Através das suas policlínicas e unidades móveis em toda a Grécia, a Médicos do Mundo promete continuar a oferecer apoio médico e social a todas as pessoas que necessitem de cuidados de saúde, de acordo com a sua ética médica e com respeito pela confidencialidade do paciente. Mais uma vez, a MdM se coloca ao lado das populações mais vulneráveis, em defesa dos direitos humanos.
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