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Comemoramos hoje mais um ano e já são dezasseis, de lutas e conquistas. Um ano de trabalho e de dedicação de toda a equipa.
São dezasseis anos dedicados a garantir o acesso a cuidados de saúde gratuitos às populações mais vulneráveis, quer em situações de emergência, quer no combate à exclusão social, fora e dentro do país, independentemente da nacionalidade, da religião ou da ideologia. Dezasseis anos de acções de advocacy e de denúncia das desigualdades, tal como inscrito na missão da Médicos do Mundo (MdM): “lutar contra todas as doenças, até mesmo a injustiça”.
Um trabalho realizado em prol dos nossos beneficiários: jovens, pessoas idosas, pessoas sem-abrigo, imigrantes, pessoas sem ou com escassos recursos económicos, utilizadores de drogas, homens que fazem sexo com homens e trabalhadores sexuais, entre tantos outros.
Tal só é possível devido ao empenhamento de cada um que aqui trabalha, de profissionais e voluntários, que vestem a camisola da Médicos do Mundo e dedicam horas e horas das suas vidas, porque crêem nos objectivos e missão da MdM. Também aos donativos dos nossos sócios, de particulares e de empresas, às várias linhas de financiamento de diversos institutos públicos nacionais e outros, assim como aos fundos recolhidos em campanhas de mailing, IRS, etc.
Só assim, conseguimos prestar apoio medicamentoso, realizar actividades de convívio e saúde, e disponibilizar serviço de apoio domiciliário, de enfermagem, de fisioterapia e de serviço social, entre outros.
O cumprimento dos objectivos e a concretização dos projectos representam a competência de toda uma equipa e a unidade de esforços na superação de resultados, porque se acredita no futuro, que se deseja mais grandioso, para o qual o vosso apoio e profissionalismo são fundamentais.
Ao festejarmos mais um aniversário, é altura de expressar o nosso reconhecimento pelo vosso trabalho, sem o qual não teria sido possível ultrapassar todas as vicissitudes do ano findo. Que esse empenho manifestado continue, para que possamos minorar as dificuldades dos nossos beneficiários.
Obrigado pelo vosso contributo, fundamental para que a MdM cresça, a cada dia, um pouco mais.
Abílio Antunes,
(Direcção da Médicos do Mundo)
Algumas imagens do trabalho realizado pela Médicos do Mundo
Crédito fotos: ©Fabrice Demoulin, ©Mykola Chaban e ©MdM
Depoimento de Sílvia Alberto, embaixadora da MdM
Depoimento de Fabrice Demoulin, fotógrafo voluntário
Depoimento de Sónia Nobre, médica voluntária
Cerca de 4 milhões de crianças morrem todos os anos em virtude de doenças que poderiam ser evitadas. Milhões de outras crianças são vítimas de violência, pobreza e não têm acesso a cuidados de saúde. É esta injustiça que a Médicos do Mundo pretende denunciar através da sua campanha internacional #MAKEACHILDCRY.
Há mais de 35 anos, a Médicos do Mundo luta para melhorar o acesso aos cuidados de saúde das populações mais vulneráveis, à frente das quais se encontram as crianças. Devido a guerras, catástrofes naturais e crises que atingem vários países, muitas crianças sofrem de malnutrição, adoecem por falta de vacinação e carecem de cuidados de saúde que poderiam salvá-las.
Concebida pela agência DDB Paris, a campanha #MAKEACHILDCRY visa sensibilizar o público para a questão do acesso das crianças aos cuidados de saúde. Com uma mensagem forte, baseada no medo infantil do médico, a campanha apela à acção de forma original. O medo que as crianças têm de injecções, instrumentos médicos e medicamentos é universal. Mas este mal necessário para a saúde e o bem-estar infantil é muitas vezes negligenciado. Apoiar aqueles que prestam cuidados por vezes desagradáveis mas necessários permite salvar vidas todos os dias e em toda a parte do mundo.
Um spot televisivo e 4 cartazes mostram crianças que foram consultadas e apelam à generosidade do público. O site makeachildcry.com/pt propõe-se informar o público acerca das crianças tratadas pela Médicos do Mundo. Michaela, de 5 anos, é vítima da cólera no Haiti, Sonia espera ser vacinada para matricular-se numa escola na Alemanha, e Moissa, de 4 anos, recusa alimentar-se após ter vivido o horror na Síria.
A Médicos do Mundo da Alemanha, Argentina, Canadá, Espanha, França, Grécia, Países Baixos, Portugal e Suíça divulgarão esta campanha a nível internacional.
Fonte: Organização Mundial da Saúde (OMS)
Spot televisivo da campanha #MAKEACHILDCRY
Cartaz
Cartaz
Cartaz
Cartaz
Depois de se ter estabelecido nas regiões do Nepal com maiores necessidades, a Médicos do Mundo (MdM) está agora a aumentar os seus recursos humanos e materiais para disponibilizar cuidados de saúde primários durante um período mais prolongado. A MdM colabora também na reconstrução do sistema de saúde e no restabelecimento do acesso a água e saneamento.
A MdM, que se encontra presente no Nepal com equipas das Delegações de Espanha e França, estabeleceu uma clínica fixa temporária perto da aldeia de Golche, no Distrito de Sindhupalchok, onde estão a ser disponibilizados cuidados primários de saúde a milhares de pessoas da região, tendo sido já realizadas duas mil consultas. Uma segunda clínica móvel está em funcionamento na aldeia de Sunkhani, uma vez que o centro de saúde local ficou completamente destruído.
As equipas no terreno preparam a chegada da estação das monções que se inicia em Junho e se prolonga por três meses. Em Sindhupalchok, o maior risco não está nas inundações mas sim no deslizamento de terras – uma situação comum na estação das monções – que pode ter consequências graves em regiões já severamente atingidas pelos terramotos.
O risco de epidemias está a aumentar devido às deficientes condições sanitárias e ao inadequado fornecimento de água e saneamento aos sobreviventes. Para ajudar a reduzir o risco, a MdM está a trabalhar em parceria com a organização Solidarités International para disponibilizar soluções como kits de cloração para utilizar em casa, kits de higiene (sabão, escova de dentes, dentífrico e jerrycans) e kits para latrinas domiciliárias com workshops sobre a sua montagem.
Estão também a ser avaliadas as necessidades em seis aldeias remotas perto de Golche e Gumba: Tangpatango, Bolde, Gumbatang, Lidi, Sunchagan e Pongapur. Os habitantes destas aldeias têm estado isolados desde que as estradas ficaram cortadas pelos deslizamentos de terras e o colapso de pontes.
Várias semanas após o Nepal ter sido atingido por dois terramotos, ainda falta realizar uma avaliação final da tragédia. O último balanço aponta para 8.600 mortos, mais de 17 mil feridos e pelo menos 500 mil pessoas sem casa. Estima-se que 60% das infra-estruturas do país (estradas, centros de saúde e sistema de fornecimento de água) ficou danificada e mais oito milhões de pessoas deverão ter sido atingidas. As necessidades na área da saúde continuam a ser consideráveis com os hospitais completamente sobrelotados.
Em solidariedade com o povo nepalês e as equipas que trabalham no terreno, a Delegação Portuguesa da Médicos do Mundo continua a promover uma acção nacional de angariação de fundos, cuja verba será utilizada para apoiar a missão da equipa de Espanha da MdM. Até ao momento já foram angariados mais de 6 mil euros.
Participe nesta acção nacional de angariação de fundos da Delegação Portuguesa da Médicos do Mundo.
Faça o seu donativo através do NIB 0035 0551 00007722130 32.
Contamos com todos nesta missão.
Aldeia de Golche
Crédito foto: ©Medecins du Monde
Os portugueses já contribuíram com mais de 6 mil euros no âmbito da acção nacional de angariação de fundos a favor do Nepal promovida pela Delegação Portuguesa da Médicos do Mundo (MdM). A verba será utilizada para apoiar a missão da equipa de Espanha da MdM que se encontra no terreno.
Poucos dias após o terramoto que devastou o Nepal a 25 de Abril a Delegação Espanhola da MdM enviou uma equipa de profissionais para responder a algumas das principais prioridades. O trabalho destes profissionais decorre nas estruturas hospitalares já existentes no Nepal em duas regiões, na capital Katmandu e no Distrito de Ramechhap.
Para ajudar nesta missão e em solidariedade com a população atingida, a Delegação Portuguesa da Médicos do Mundo iniciou logo nos primeiros dias uma acção nacional de angariação de fundos que, até ao momento, já arrecadou mais de 6 mil euros. A iniciativa continua a decorrer e os donativos podem ser realizados através do NIB 0035 0551 00007722130 32.
No Centro Nacional de Traumatologia de Katmandu – onde deram entrada 200 doentes logo após o terramoto – especialistas espanhóis integram as equipas de traumatologia e cirurgia plástica nepalesas que apoiam as vítimas do sismo. A restante equipa da Delegação de Espanha encontra-se no hospital do Distrito de Ramechhap e nos centros de saúde da mesma região, situada a 4 a 5 horas de distância a leste de Katmandu.
Ramechhap é considerada uma das regiões prioritárias com necessidade de reconstrução das principais estruturas sanitárias. Aqui os profissionais da Médicos do Mundo têm como objectivo aumentar a capacidade de hospitalização e contribuir para o restabelecimento dos serviços de cuidados médicos.
Não deixe de participar na acção nacional de angariação de fundos que a Delegação Portuguesa da Médicos do Mundo está a promover.
Faça o seu donativo através do NIB 0035 0551 00007722130 32.
Contamos com todos nesta missão.
Crédito foto: Médicos del Mundo
Mais de metade das grávidas observadas na Europa em 2014 pela Médicos do Mundo (MdM) não tinha acesso a cuidados pré-natais e apenas um terço das crianças tinha sido vacinada contra a papeira, sarampo e rubéola. Os dados fazem parte de um relatório que foi apresentado esta tarde em Londres pela Rede Internacional da MdM.
Apesar do direito das grávidas e crianças a cuidados de saúde constituir um dos direitos humanos mais básicos, universais e essenciais, mais de metade das grávidas observadas pela Médicos do Mundo em 2014 não tinha acesso a cuidados pré-natais. Apenas um terço das crianças observadas tinha sido vacinada contra a papeira, sarampo e rubéola. A Europa necessita de transformar o seu impressionante conjunto de recomendações referentes ao acesso universal à saúde em acções reais.
A Rede Internacional da Médicos do Mundo apresentou esta Segunda-feira, 18 de Maio, o seu mais recente Relatório Europeu “Acesso à Saúde pelas pessoas que enfrentam múltiplas vulnerabilidades nesta área. Obstáculos no acesso à saúde pelas crianças e grávidas na Europa”, durante uma conferência de Imprensa em Londres. O estudo é baseado em 41.238 consultas médicas e sociais com 22.171 indivíduos em nove países europeus em 2014.
O direito das grávidas e crianças à saúde é um dos direitos humanos mais básicos, universais e essenciais.
Este relatório indica que mais de metade (54.2%) das mulheres grávidas envolvidas no estudo não teve acesso a cuidados pré-natais. Larga maioria não teve qualquer acesso a cuidados de saúde (81%). Menos de 1% das mulheres grávidas migrantes (incluindo as cidadãs europeias) migraram devido a razões de saúde.
Impressionante também é o facto de apenas um terço (34.5%) das crianças observadas em toda a Europa ter sido vacinada contra a papeira, sarampo e rubéola e uma percentagem ligeiramente superior (42.5%) contra o tétano.
Praticamente todos os doentes observados (91.3%) viviam abaixo do limiar da pobreza. A larga maioria (84.4%) enfrentou, pelo menos uma vez, um acto de violência.
Quase dois terços (62.9%) dos doentes observados não dispunham de qualquer cobertura a nível dos serviços de saúde, sobretudo devido às leis restritivas que excluem determinados grupos. As barreiras ao acesso à saúde mais referenciadas foram a incapacidade de pagamento dos cuidados (27.9%) e problemas administrativos (22%). Em consequência disto, 22.9% dos doentes refere que a sua saúde física é (muito) má e, relativamente à saúde mental, este valor aumenta para 27.1%.
Os dados também afastam claramente o mito do turismo de saúde na Europa entre os migrantes carenciados: apenas 3% dos migrantes observados pela MdM migraram por razões de saúde. A média do tempo em que estes migrantes estavam a viver nos países abrangidos pelo estudo antes de consultarem a MdM foi de 6,5 anos e apenas 9.5% dos migrantes com doenças crónicas sabiam da sua condição antes de chegar à Europa.
Apesar dos políticos europeus cada vez mais reconhecerem os impactos da crise económica e das medidas de austeridade no acesso aos cuidados de saúde, na prática pouco mudou na vida das pessoas carenciadas. A MdM apela aos Estados-membros e instituições da União Europeia (UE) para que assegurem sistemas de saúde públicos universais baseados na solidariedade, igualdade e equidade, abertos a todos os que vivem num dos Estados-membros. Todas as crianças que residem na Europa devem ter total acesso aos programas nacionais de imunização e a cuidados pediátricos. Todas as grávidas devem ter acesso à interrupção da gravidez, cuidados pré e pós-natais e partos seguros.
Poucos migrantes indocumentados adoecem com gravidade na Europa, a maioria apenas muito depois da sua chegada. Estes devem ser protegidos da expulsão quando o acesso eficaz a cuidados de saúde adequados não pode ser assegurado no país que os pretende expulsar.
A MdM apela a todos os profissionais de saúde para que assegurem os cuidados a todos os doentes independentemente do seu estatuto ou das barreiras legais existentes, de acordo com a Declaração dos Direitos dos Doentes da Associação Médica Mundial.
Clique na imagem abaixo para aceder à versão em inglês do relatório.
As equipas das Delegações de França e Espanha da Médicos do Mundo continuam a desenvolver um intenso trabalho de apoio às populações nepalesas atingidas pelo terramoto de 25 de Abril. A equipa francesa já chegou junto das populações mais isoladas do Distrito de Sindhupalchok, enquanto dois especialistas espanhóis realizam intervenções nas áreas da traumatologia e cirurgia plástica em Katmandu.
A Delegação de França da Médicos do Mundo está a montar clínicas no Distrito de Sindhupalchok para prestar cuidados às populações mais isoladas em locais onde o sistema de saúde se encontra num estado de total colapso. Cerca de 90% dos centros de saúde do país - muitos neste distrito a leste de Katmandu – foram destruídos, deixando muitas pessoas sem cuidados médicos.
Uma equipa de 50 pessoas encontra-se a norte de Sindhupalchok para responder às necessidades da população, já incluindo psicólogos e profissionais médicos e cirúrgicos. A Solidarités International (SI) e a Fondation EDF estão a disponibilizar apoio aos responsáveis pela logística, equipamento e fornecimento de água, tão essenciais à ajuda médica.
O abastecimento através das estradas danificadas pelo terramoto a altitudes de mais de 3000 metros constitui um enorme desafio logístico. No entanto as equipas da Médicos do Mundo conseguiram estabelecer a primeira infra-estrutura médica perto da aldeia de Gloche, disponibilizando cuidados primários de saúde a cerca de 4000 pessoas na região. Infra-estruturas idênticas vão ser estabelecidas noutros locais do Distrito de Sindhupalchok para responder às necessidades do maior número possível de habitantes.
Segundo Joel Weiler, Director de Emergências da Delegação de França da Médicos do Mundo, “mitigar os efeitos do terramoto no sistema de saúde, através do uso de infra-estruturas móveis deverá levar entre três a seis meses. Mas restaurar o acesso a longo prazo a cuidados de saúde requer reconstruir não só os hospitais e centros médicos mas também voltar a colocar em funcionamento o sistema nacional de saúde. Em cada fase a Médicos do Mundo manterá o seu compromisso com a população nepalesa.”
Intervenções cirúrgicas complexas
Dois especialistas da Delegação de Espanha da Médicos do Mundo estão a realizar intervenções cirúrgicas, integrados na equipa do Centro Nacional de Traumatologia de Katmandu.
Muitos dos feridos foram estabilizados nas urgências mas não podiam ser operados devido ao colapso do sistema de saúde após o terramoto. Existem também casos de doentes que foram operados mas que sofreram posteriormente complicações, como infecções ou necroses, e necessitam de uma segunda intervenção cirúrgica que combine a traumatologia com a cirurgia plástica.
A comunidade médica nepalesa já alertou para o facto de muitas pessoas afectadas pelo terramoto poderem vir a enfrentar deficiências para o resto da vida se não forem tratadas a tempo, especialmente aquelas com lesões na médula espinal e pernas.
O Centro Nacional de Traumatologia tornou-se num dos centros mais relevantes no campo da cirurgia e traumatologia em todo o país após o terramoto. As equipas médicas nepalesas trabalham em conjunto com profissionais de outros países, entre os quais dois espanhóis especializados em cirurgia e traumatologia. O seu objectivo é disponibilizar cuidados adequados e monitorizar o tratamento do maior número possível de pessoas.
Em cerca de quatro dias, Javier Fernandez-Palacios e Felipe Noya, especialistas em traumotologia e cirurgia plástica da Delegação de Espanha da Médicos do Mundo, já participaram em mais de 20 intervenções cirúrgicas complexas. “Este é o tipo de cirurgia que habitualmente realizo quando trabalho em situações similares, casos muito raros de encontrar na nossa actividade diária em Espanha”, explica Javier Fernandez-Palacio.
Distrito de Sindhupalchok
Crédito foto: ©Quentin Top
Aldeia de Gloche
Crédito foto: ©Medecins du Monde
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Faça o seu donativo através do NIB 0035 0551 00007722130 32.
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Uma equipa de emergência da Delegação Francesa da Médicos do Mundo (MdM) já chegou ao Nepal para ajudar a população local, após o violento terramoto que atingiu o país. A Delegação Portuguesa da MdM solidariza-se com as equipas no terreno e população nepalesa, promovendo uma acção nacional de angariação de fundos. Os donativos podem ser realizados através do NIB 0035 0551 00007722130 32. A ajuda de todos é fundamental.
Esta equipa, constituída por dois cirurgiões, um anestesista, duas enfermeiras e um coordenador, assim como todo o material médico, já está em Katmandu. Estes profissionais deslocam-se agora para Chautara, onde irão implementar a resposta de emergência da MdM e disponibilizar cuidados de saúde no principal hospital da cidade, em coordenação com as autoridades nepalesas e outras ONG’s presentes no local. Mais equipas irão juntar-se a esta nas próximas horas.
Desde o passado sábado que as 45 pessoas a trabalhar para a Médicos do Mundo no Nepal, no distrito de Sindhupalchok, disponibilizam os primeiros cuidados de saúde à população.
Quando a terra tremeu no Nepal na manhã do passado sábado, dois membros da equipa da Delegação Francesa da Médicos do Mundo encontravam-se nos escritórios de Katmandu. Sophie Baylac, coordenadora geral do projecto de saúde materno-infantil, conta como foram os primeiros dias após o sismo, enquanto se organiza a ajuda de emergência da MdM. Aceda aqui ao depoimento.
A Delegação Portuguesa da MdM solidariza-se com as equipas no terreno e população nepalesa, promovendo uma acção nacional de angariação de fundos. Os donativos podem ser realizados através do NIB 0035 0551 00007722130 32.
Chegada da equipa da MdM ao aeroporto de Katmandu
Crédito foto: ©MdM
Chegada da equipa da MdM ao aeroporto de Katmandu
Crédito foto: ©MdM
Equipa da MdM à saída para Chautara
Crédito foto: ©MdM
Equipa da MdM à saída para Chautara
Crédito foto: ©MdM
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Clique aqui e saiba mais sobre a situação no Nepal e a intervenção da Médicos do Mundo.
Com o objectivo de promover o uso do preservativo como meio de prevenção do VIH e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST) assinala-se hoje, dia 13 de Fevereiro, o Dia Internacional do Preservativo. Esta noite, entre as 19h e as 23h, a Médicos do Mundo (MdM) organiza, com o apoio do Grupo de Ativistas em Tratamentos (GAT), uma acção de sensibilização e rastreio do VIH com a presença da Unidade Móvel na Praça do Martim Moniz, em Lisboa.
Para chamar a atenção sobre a importância do uso do preservativo e incetar uma primeira abordagem sobre o tema junto do público, a Médicos do Mundo terá à entrada da Unidade Móvel uma mascote, com a qual todos poderão tirar as tão famosas “selfies”. No local serão distribuídos kits (constituídos por preservativo feminino, masculino, gel e folheto informativo) e realizados testes do VIH.
A equipa da MdM, que estará identificada com uma t-shirt alusiva ao dia com o slogan “Usar preservativo é fixe”, vai também distribuir preservativos à população em geral, num percurso a pé a realizar entre as 21h e as 22h30.
O GAT, em parceria com AIDS Healthcare Foundation e a Associação de Intervenção Comunitária, Desenvolvimento Social e Saúde (AJPAS) promove também um conjunto de atividades no Concelho da Amadora, onde a epidemia do VIH é um problema de saúde pública e individual, mas onde também decorrem projectos de boas práticas na resposta a esta infecção. Para estas organizações, o trabalho em conjunto, liderança e compromissos políticos são cruciais para o controlo da transmissão da infeção pelo VIH e outras IST.
O uso consistente do preservativo na população geral e nos grupos-chave continua abaixo do necessário e, em alguns casos, a decrescer, pelo que a promoção deste meio de prevenção eficaz, seguro e acessível continua a ser prioritária.
Em Portugal continua a existir problemas com a acessibilidade do preservativo entre os jovens, nas escolas e em contexto prisional.
O Dia Internacional do Preservativo pretende ser assim um dia de festa e de divulgação de informação, mas também um dia de advocacia política para que a prevenção do VIH e outras IST esteja no centro da resposta nacional.
Programação do GAT, AIDS Healthcare Foundation e AJPAS no Concelho da Amadora:
09h30 - Estação de comboios da Damaia e percurso até ao bairro Cova da Moura
12h30 - Almoço na Cova da Moura com representantes do Ministério da Saúde e deputados da Comissão Saúde
14h00 - Distribuição de preservativos no bairro Cova da Moura
15h30 - Distribuição de preservativos no bairro 6 de Maio
17h00 - Distribuição de preservativos no bairro da Mouraria
Os primeiros resultados do Young Health Programme (YHP) – Like ME foram divulgados no passado dia 28 de Janeiro, numa sessão que decorreu na Universidade Católica, em Lisboa. Veja abaixo algumas das fotografias do evento.
Pode também aceder aqui à notícia publicada na nossa página sobre a apresentação dos resultados do estudo sobre os Conhecimentos, as Atitudes e as Práticas (CAP) realizado pelo Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde (CIIS) do Instituto de Ciências da Saúde (ICS) da Universidade Católica Portuguesa (UCP), em articulação com a Médicos do Mundo (MdM).
Da direita para a esquerda: Dr. David Setboun, AstraZeneca Portugal Country President; Profº Doutor Sérgio Deodato, Coordenador da Unidade de Ensino de Enfermagem de Lisboa do ICS da UCP; Profº Doutor Alexandre Castro Caldas, Director do ICS da UCP; e Dra. Carla Paiva, Directora Geral da MdM.
Crédito foto: ©Nuno Augusto
Intervenção da Dra. Carla Paiva, Directora Geral da MdM.
Crédito foto: ©Nuno Augusto
Da direita para a esquerda: Dra. Rita Mendes, Técnica do Like ME; Profº Doutor Sérgio Deodato, Coordenador da Unidade de Ensino de Enfermagem de Lisboa do ICS da UCP; Profª Doutora Elisabete Nunes e Profº Doutor Manuel Luís Capelas, Investigadores do CIIS e Docentes de Enfermagem da UCP.
Crédito foto: ©Nuno Augusto
Dra. Rita Mendes, Técnica do Like ME, durante a sua intervenção sobre o projecto.
Crédito foto: ©Nuno Augusto
Aceda aqui à galeria completa de fotografias desta sessão na nossa página Facebook.
A Rede Internacional da Médicos do Mundo (MdM) apresenta hoje a sua oposição à patente do sofosbuvir concedida pelo Instituto Europeu de Patentes (IEP).
Há vários meses que a MdM, em conjunto com outras organizações, alerta para os problemas colocados pelo custo dos novos tratamentos para a hepatite C e do sofosbuvir em particular. O laboratório farmacêutico Gilead detém o monopólio do sofosbuvir e está a comercializar este tratamento de 12 semanas a um preço exorbitante – 41 mil euros em França e 44 mil euros no Reino Unido -, impedindo assim que muitas pessoas tenham acesso ao medicamento.
A oposição a uma patente é um recurso legal através do qual a sua validade pode ser contestada. Se for bem-sucedida irá incentivar a concorrência de versões genéricas do sofosbuvir a um preço de apenas 101 dólares. Apesar da utilização do sofosbuvir no tratamento da hepatite C representar um enorme avanço terapêutico, a molécula em si, que resulta do trabalho de investigadores públicos e privados, não é suficientemente inovadora para garantir uma patente. Uma vez que existe um abuso por parte da Gilead ao impor preços que não são sustentáveis aos sistemas de saúde, a Médicos do Mundo decidiu apresentar a sua contestação. É a primeira vez na Europa que uma ONG recorre a esta medida para melhorar o acesso dos doentes aos medicamentos.
“Estamos a defender o acesso universal aos cuidados de saúde: a luta contra a desigualdade na saúde envolve a salvaguarda do sistema de saúde baseado na solidariedade”, explica o Dr. Jean-François Corty, Director de Projectos da MdM França, que acrescenta que “mesmo num país “rico” como a França, com um orçamento anual para medicamentos de 27 mil milhões de euros, é difícil suportar este custo e já estamos a assistir a um racionamento arbitrário que exclui os doentes do tratamento”.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que existam 130 a 150 milhões de doentes crónicos de hepatite C. Na União Europeia (UE), entre 7,3 a 8,8 milhões de pessoas poderão estar infectadas. Em Portugal, onde o medicamento deverá ter um custo superior a 42 mil euros – 100 mil euros contabilizando todo o tratamento necessário -, estão registados nos hospitais mais de 13 mil doentes com hepatite C, estimando-se no entanto que o número de infectados seja de cerca de cem mil. Anualmente a infecção provoca à volta de mil mortos.
“A oposição a uma patente é um recurso que já foi utilizado pela sociedade civil na Índia e Brasil para conseguir a revogação de uma patente concedida de forma indevida e a disponibilização de versões genéricas”, explica Olivier Maguet, membro delegado do conselho da MdM para a hepatite C. “Recursos que levaram a uma descida considerável no custo dos tratamentos e ao acesso dos doentes que de outra forma não teriam a oportunidade.”
A Rede Internacional da Médicos do Mundo está envolvida na luta pela promoção do acesso universal do tratamento da hepatite C na Europa e em todo o mundo. Está também a lançar um debate público em França sobre a fixação dos preços dos medicamentos e do seu impacto no sistema de saúde.
Mais informação sobre o tema e posição da MdM em oppositionaubrevet.medecinsdumonde.org
Crédito foto: ©MdM
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