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As equipas humanitárias não têm acesso seguro à faixa de Gaza. Até 30 de Julho, após 23 dias desde o início da ofensiva israelita, o balanço é de 1263 palestinianos mortos e 6233 feridos.
A situação da população agrava-se a cada dia. As operações israelitas intensificam-se e a ajuda humanitária urgente diminuiu consideravelmente. No dia 23 de Julho diversos carregamentos de produtos médicos, enviados pela Médicos do Mundo e destinados aos centros de saúde com ruptura de stock, puderam ser entregues após vários dias de bloqueio na fronteira de Kerem Shalom.
Nos 11 centros de saúde que a Médicos do Mundo (MdM) apoia, 9 encontram-se em funcionamento e os habitantes de Gaza continuam a chegar para obter cuidados de saúde primários. No quadro do programa “preparação para emergências”, colocado em prática pela MdM, os cuidadores destes centros são também treinados para assumir o controlo e, se necessário, encaminhar os feridos.
Estes centros vivem uma situação sanitária dramática: encontram-se expostos aos bombardeamentos, fazem frente a uma ruptura de stock de certos medicamentos essenciais e a cortes de electricidade que duram mais de 20h por dia. O bombardeamento da única central eléctrica de Gaza veio agravar esta realidade, afectando não apenas a vida quotidiana dos habitantes mas também o sistema de saúde (funcionamento dos equipamentos) e de saneamento (saneamento e abastecimento de água). A violência do conflito faz surgir igualmente a falta de apoio psicossocial e ao nível da saúde mental, sobretudo junto das crianças. A Médicos do Mundo está actualmente a analisar as necessidades.
A MdM esforça-se por manter as suas actividades. As equipas baseadas em Jerusalém e na faixa de Gaza trabalham em estreita colaboração para encontrar soluções duráveis para os habitantes. São 3 médicos e 11 funcionários que partilham o quotidiano dos palestinianos, para além de uma equipa de coordenação de 6 pessoas que os apoiam.
Neste momento, um segundo comboio com produtos médicos está em preparação e as equipas médicas prontas para se deslocarem mas o encerramento dos pontos de entrada arriscam, mais uma vez, ao atraso da chegada da ajuda de emergência a Gaza.
As equipas da MdM preparam a resposta à emergência com o objectivo de levar uma ajuda crucial e indispensável às populações civis.
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