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Para reduzir a prevalência das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e do VIH/SIDA na população vulnerável dos concelhos do Porto, Vila Nova de Gaia e Vila do Conde, a Médicos do Mundo (MdM) iniciou em Julho de 2014, o Projecto Porto Escondido.
Mais de 42 mil casos de infecção por VIH/SIDA tinham sido notificados em Portugal até ao final de 2012, segundo revela o documento “Portugal Infecção VIH/SIDA e Tuberculose em Números – 2013” do Programa Nacional para a Infecção VIH/SIDA da Direcção-Geral da Saúde. Apesar da tendência de diminuição do número de casos desde 2000, o país continua a apresentar taxas elevadas no contexto europeu.
Para ajudar a combater esta epidemia, que afecta sobretudo as regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Norte, a MdM deu início ao Porto Escondido, um novo projecto com enfoque nos concelhos do Porto, Vila Nova de Gaia e Vila do Conde. Conta com o financiamento da Direcção-Geral da Saúde, o co-financiamento da própria Associação, sempre na lógica de maximização de recursos da rede de parceiros locais.
O Projecto Porto Escondido tem como população-alvo consumidores de substâncias psicoactivas, imigrantes (independentemente da situação administrativa no país), pessoas em situação de sem-abrigo e trabalhadores sexuais.
Ao longo dos 12 meses de duração pretende-se:
• Aumentar em 60% a prática de comportamentos preventivos.
• Aumentar em 40% a integração dos utentes contactados no Sistema Nacional de Saúde (SNS).
• Aumentar em 50% o conhecimento do status face ao VIH e IST.
• Garantir a referenciação hospitalar a, pelo menos, 70% dos testes reactivos para o VIH.
Apoio psicossocial, informação e educação para a Saúde, prestação de cuidados directos de saúde, realização de testes rápidos do VIH e sífilis, troca de material de consumo e distribuição de material preventivo fazem parte das actividades do projecto que envolve oito profissionais, entre coordenador, técnico social, psicólogos, enfermeiros, educador de pares e uma equipa médica voluntaria.
Combate à SIDA está na despistagem
“Viver ou morrer não pode depender de se ter acesso ou não a testes de HIV”, alerta Michel Sidibé, director executivo do Programa de Luta contra a SIDA da Organização das Nações Unidas (ONU), citado na edição online do jornal “Expresso” de 16 de Julho, a propósito da apresentação de um novo relatório sobre a evolução do vírus.
De acordo com este documento, debatido na 20ª Conferência Internacional sobre a SIDA que se realizou entre 20 e 25 de Julho, na cidade australiana de Melbourne, o desconhecimento da infecção é um dos maiores problemas a combater: dos 35 milhões de infectados em todo o mundo, as estimativas indicam que 19 milhões desconhecem ter o vírus.
Segundo o responsável do programa da ONU, o aumento do número de doentes em tratamento pode levar à erradicação da epidemia já em 2030, caso contrário esse controlo só acontecerá, no mínimo, dez anos mais tarde.
Há ainda que olhar com especial atenção para determinados comportamentos de risco, já que a partilha de material de consumo e as relações sexuais desprotegidas continuam a ser consideradas das principais causas de transmissão do Vírus.
Na mesma notícia, o jornal “Expresso” revela também que “desde o início da epidemia, entre 71 a 87 milhões de pessoas foram infectadas com o vírus”, provocando “cerca de 40 milhões de mortes devido a complicações relacionadas com a infecção”.
Saiba mais sobre o Projecto Porto Escondido aqui.
Leia na íntegra a notícia da edição online do jornal “Expresso” aqui.
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